segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Aprendendo mais sobre técnicas solares

Voluntários do Greenpeace, vindos de vários cantos do Brasil, participaram de uma capacitação em técnicas de aproveitamento da energia solar para diversas utilidades aqui no nosso Acampamento Solar em Nova Santa Rita, Rio Grande do Sul. Este curso, está sendo ministrado pelo professor Michael Gütz, que tem experiência internacional no assunto e pela nossa voluntária e arquiteta Vânia Stolze.


Como teoria, foram apresentadas as formas de obtenção de energia solar, suas aplicações e exemplos de alguns lugares onde já se utiliza essas técnicas para cozinhar e produzir eletricidade, e, pode acreditar, realmente funciona!


Muitas das técnicas já eram conhecidas desde o século 17 e servem para gerar energia elétrica – que pode carregar aparelhos portáteis e baterias para outros fins -; energia térmica – para aquecimento de água e outros; e o preparo de alimentos. Nossa capacitação foi focada no último, com a construção da nossa cozinha solar equipada com desidratador para: frutas, carnes, pescados, legumes e fungos.; Forno Solar (foto), que funciona com os mesmos princípios do efeito estufa; Parabólicas para cozimento em panelas; bolsa isolante para terminar o aquecimento, entre outros.





Arroz em cozimento no fogão solar feito com papel laminado e caixa de papelão / Foro: Rafael Daguerre 
                                  
 

Ao final de tudo, os voluntários estavam mais capacitados para levar essas técnicas para seus grupos locais, podendo levar aos nossos Pontos Verdes, fazer oficinas em
escolas, universidades, e outros espaços. Contudo, o que mais pode ser aprendido desta experiência é que é possível se viver de maneira menos impactante, utilizando materiais simples, reciclados, recicláveis e abundantes na natureza. Com isto, podemos perceber o quão é possível – bastando querer pôr em prática –, nos desvencilharmos da nossa matriz energética atual, que está exaurindo nossos rios, nos contaminando com radioatividade, poluindo a atmosfera e devastando a vida na Terra. Estamos com a placa e sol na mão, basta sabermos aproveitar!

 
Mateus Felipe Tavares – voluntário do grupo local de Salvador

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Com a mão na massa

Se quisermos mostrar às pessoas que é possível viver de maneira mais equilibrada com o ambiente, devemos  adotar  esses ideais na prática do dia a dia. No final da semana passada, começamos a utilizar em nosso acampamento banheiros ecológicos e composteira.
O princípio básico do banheiro seco é a não utilização de água. Para a sua construção foi cavado um buraco no solo onde os resíduos ficam armazenados. A cada descarga de matéria orgânica, é despejado um material de natureza básica (pó de serra com cinza) que se encarregara de neutralizar a acidez da matéria orgânica, possíveis odores, além de criar um meio desfavorável para os coliformes fecais.
Quando o buraco atingir certo nível, a estrutura deve ser trocada de lugar e ocupar um novo buraco. A sugestão é que se plante uma muda de árvore não frutífera no local. Para a construção do banheiro foi utilizada madeira de reuso e, na parte estética, foi feito um mosaico no chão com piso reaproveitado.


 
O esterco humano pode apresentar problema sanitário, já a urina não, por isso foi também construído um mictório ecológico onde a urina é direcionada para o solo  provendo nutrientes ao mesmo, sem risco de toxicidade.
Outra etapa que já conseguimos concluir foi a construção de uma composteira, onde  aproveitamos os resíduos orgânicos proveniente do descarte da cozinha. Foi reservada uma pequena  área do terreno onde a matéria orgânica é depositada e por cima uma camada de folhas secas é acrescentada para ajudar a equalizar a relação de carbono e nitrogênio, permitindo também uma maior oxigenação da matéria e mais rápida decomposição formando por fim um composto (adubo natural). 
Até breve!


Carolina Marçal dos Santos, 22 Green Reporter para o Fórum Social Temático.

sábado, 14 de janeiro de 2012

Greenpeace e o Fórum Social Mundial
 

O próximo Fórum Social Mundial acontecerá agora em janeiro nos dias 24 a 28 aqui em Porto Alegre. Este ano o evento será temático abordando os tópicos “Crise Capitalista, Justiça Social e Ambiental”.
Devido a proximidade com a RIO+20 - Cúpula da ONU para o Desenvolvimento Sustentável - que acontece em junho na cidade do Rio de Janeiro, o Fórum servirá também como um espaço de debate preparatório para a Cúpula dos Povos - reunião paralela a RIO+20 – que coloca a pauta ambiental em evidência e apresenta propostas alternativas àquelas apresentadas pelos governos
O fórum é um evento descentralizado que conta com grupos temáticos, grupos de trabalho e atividades auto gestionadas (nas quais organizações não governamentais, movimentos sociais e outros podem cadastrar atividades para compor a programação).
 
 
Participação do Greenpeace no Fórum Social Mundial:
 
O Greenpeace atuará no fórum através de um acampamento solar, que basicamente junta em um sítio o uso de tecnologias solares (cozinha solar, trailler solar, placas fotovoltaícas e chuveiro solar) e técnicas de permacultura (banheiro seco, mictórios ecológicos , composteira e reciclagem da água cinza).


 
O objetivo é mostrar para a comunidade, participantes do Fórum e demais visitantes que um outro futuro é possivel através da utilização de energias mais limpas e um modo de vida mais sustentável.
Para construção e instalação do nosso acampamento solar contamos com um grupo de aproximadamente trinta pessoas composto majoritariamente por voluntários do Greenpeace vindos de diversos cantos do Brasil.
Nesta semana estamos montando o acampamento solar. Na segunda semana passaremos por uma capacitação em tecnologias solares, e finalmente na terceira semana é quando o acampamento estará aberto para visitação, que acontece ao mesmo tempo que o Fórum Social Temático.
Assim como na COP 17, estarei contando um pouquinho da nossa experiência dentro no acampamento e no Fórum durante o mês de janeiro. Nos acompanhe.
 
Cristiane Mazzetti, 24 – Green Reporter para o Fórum Social Temático