quinta-feira, 10 de maio de 2012

A Bordo do Rainbow Warrior IIII - Uma Experiência Inesquecível


Texto de Heberton Júnior

Open Boat em Belém/PA 
Gandhi disse uma vez que ‘só engrandeceremos nosso direito à vida, cumprindo o nosso dever de cidadãos’. Como ele, acredito que o engajamento das pessoas e sua contribuição efetiva é a única maneira de mudar o mundo em que vivemos. Quando nos unimos como responsáveis e cidadãos ativos pelos problemas comuns, nossa voz torna-se mais forte.

Atitudes individuais pode fazer uma grande diferença para o futuro do planeta e é também juntos que podemos enfrentar os problemas e promover soluções. Este é o maior aprendizado que levarei comigo depois de quase dez dias de trabalho voluntário com o Greenpeace em Macapá/AP e Belém/PA.

Juntamente com demais voluntários do Brasil, eu e a voluntária Amanda embarcamos em Porto Alegre no dia 26 de abril para trabalhar no Open Boat do Wainbow Warrior III em Macapá (quando o navio atraca em algum porto para visitação pública). A receptividade e acolhida do estado com a maior área de floresta preservada do Brasil nos surpreendeu de imediato. Porém, a melhor lembrança de Macapá será a admiração dos visitantes pelo mais novo Guerreiro dos Mares e pelo Greenpeace, muitos querendo inclusive tornarem-se voluntários.

Preparação para receber o público visitante ao RW III 
Depois de dois dias, partimos para Belém/PA trabalhar na divulgação do próximo Open Boat que ocorreu na cidade nos dias 05 e 06 de maio enquanto o Rainbow Warrior e sua tripulação continuavam com a campanha do Desmatamento Zero pela Amazônia. Formando um time unido, juntamente com dois voluntários de Manaus e um de Brasília, marcamos presença em praças, pontos turísticos, parques e universidades convidando as pessoas para subirem a bordo do navio do Greenpeace.

Aproximando-se dos dias do Open Boat em Belém, o time foi reforçado por voluntários de todo o Brasil que foram convocados para o trabalho; a cada novo grupo que chegava era uma festa, apresentações e conversas sobre as expectativas de cada um. Sem dúvida, essa troca de experiências entre diferentes voluntários do Brasil é uma forma de fortalecer todo o grupo.

A sexta-feira (04/maio) foi de muito trabalho, dedicada para montar toda a estrutura para receber os visitantes, que compareceram em peso no sábado e domingo. Os voluntários e a tripulação do navio revezaram-se em várias atividades como atender e organizar a fila, pintura de rostos, explicações sobre a campanha do Desmatamento Zero e coleta de assinaturas, além de guiar e mostrar as principais áreas do navio (convés, sala de conferências, ponte de comando e proa).

Heberton Júnior em uma pequena palestra aos visitantes do RW III
A energia para trabalhar por várias horas seguidas vinha da sensação de estar contribuindo por uma causa, difundindo uma mensagem de paz e de um mundo mais justo e equilibrado para mais de 2000 pessoas que visitaram o navio. Um grande sentimento de gratidão nos motivava ainda mais quando víamos pessoas com mais de 80 anos, crianças e até com necessidades especiais fazendo um esforço enorme para estar no “território sagrado da paz” que é o navio do Greenpeace e ainda nos agradecer e parabenizar pelo que estávamos fazendo.

Em alguns outros momentos eu já comentei que o trabalho voluntário é um vício do bem. Acredito ainda mais que a força do bem é maior quando estamos juntos em um mesmo ideal! E como já disse o Herói das Florestas pela ONU Paulo Adário, ‘mais do que salvando o mundo no Greenpeace, estou salvando a mim mesmo’. Volto para casa, engrandecido com mais essa experiência e agradecendo a todos que a tornaram inesquecível, repito que o trabalho voluntário é um vício do bem; jamais quero me curar disso!


Heberton Júnor  "o trabalho voluntário é um vício do bem;
jamais quero me curar disso!"



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